SENAI Paulista forma turma inclusiva em Vestuário
A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho depende, antes de tudo, de oportunidades. Uma parceria exitosa entre o SENAI Paulista e a Babilônia Confecções conseguiu capacitar uma turma pioneira de aprendizagem inclusiva. O projeto ocorreu entre os anos de 2019 e 2020, mas, devido à pandemia da Covid-19, a cerimônia de encerramento do projeto só foi realizada nesta quarta-feira (23), quando os estudantes receberam seus certificados de conclusão do curso de Costureiro Industrial do Vestuário. Participaram do evento, também, o gerente escolar do SENAI Paulista, Paulo Djalma, e a docente Michelly Amorim, responsável pela turma.
A turma era composta por 23 alunos, dos quais 16 possuem déficit intelectual, Síndrome de Down ou autismo. O programa de Aprendizagem Básica foi realizado ao longo de um ano e foi desenvolvido em duas fases, sendo uma teórica e uma prática. Na primeira, que ocorreu dentro da própria escola, os alunos participaram de aulas relacionadas ao processo de produção de peças de roupas, nas quais aprenderam técnicas como o controle da velocidade da máquina e a manipulação do tecido.
Já a parte prática foi cumprida dentro da Babilônia Confecções, indústria pernambucana que distribui peças para grandes redes varejistas do País. Na confecção, os jovens com deficiência atuaram em áreas como etiquetagem, acabamento e almoxarifado, modificando para melhor a rotina da empresa. “Foi uma experiência ímpar. A partir dessa turma, vimos que esse é um projeto muito legal e bastante satisfatório”, afirmou o gestor do Departamento de Pessoal da Babilônia, Everaldo da Silva.
A iniciativa foi desenvolvida no âmbito do Programa SENAI de Ações Inclusivas, projeto nacional que busca chamar a atenção da indústria para a importância do desenvolvimento de ações para a inclusão de minorias. Para a interlocutora do PSAI em Pernambuco, Andréa Carvalho, a ideia é que, no futuro, a experiência possa ser repetida. “Quando falamos em uma turma inclusiva, estamos colocando, em um mesmo ambiente, alunos com deficiência e alunos sem deficiência para aprenderem juntos. Esse é um projeto grandioso e, realmente, favorece a inclusão”, comemorou.