Reunião com SENAI Cimatec discute hidrogênio verde
Com grande potencial para a geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis, como a solar e a eólica, a região Nordeste concentra requisitos para despontar também como um importante produtor de outra fonte de energia: o hidrogênio verde. Para discutir sobre esse assunto, representantes do SENAI Cimatec, na Bahia, participaram, na última quinta-feira (12), de uma reunião na Casa da Indústria, que contou com a presença do presidente da FIEPE, Ricardo Essinger, e da diretora regional do SENAI-PE, Camila Barreto. Além de aproximar as instituições, a reunião também trouxe importantes direcionamentos para planos futuros de implantar uma usina-piloto de hidrogênio verde na região.
Atualmente, o Ceará já vem dando passos importantes para a produção do hidrogênio verde – há planos, inclusive, para a construção de uma usina no Complexo de Pecém. “Nós enxergamos, no entanto, que há espaço para outros polos produtores de hidrogênio verde no Nordeste. É o caso de Pernambuco, que tem um sistema portuário forte, em Suape. Queremos que essa iniciativa seja expandida para toda a região. Precisamos avançar nessa mostra do nosso potencial em energia renovável para que possamos, também, avançar no hidrogênio verde”, apontou o diretor de Tecnologia e Inovação do SENAI Cimatec, Leone Andrade.
Além dos ganhos econômicos e sociais oriundos da própria produção da energia limpa, a ideia é que o hidrogênio verde possa ser utilizado dentro do país, de forma a agregar mais valor aos produtos brasileiros. Por enquanto, os planos passam pela construção de uma pequena planta piloto, que será útil tanto para identificar se a criação de um hub de hidrogênio verde na região é viável quanto para formar conhecimento e profissionais nessa área. Para o futuro, também será necessário superar entraves como o regime especial tributário e a escassez de linhas de transmissão.
“A questão das energias renováveis já vem sendo discutida com os outros presidentes das Federações do Nordeste. Sem dúvidas, essa tecnologia nova poderá provocar uma mudança completa nos nossos processos produtivos e ser um divisor de águas entre o que existia e o que vem pela frente. Sempre defendemos o trabalho em rede dos SENAIs e estamos prontos para participar”, afirmou o presidente da FIEPE, Ricardo Essinger.