Setor aeroespacial em destaque no SENAI: Futuros Espaciais
Embora pareça distante da nossa realidade, o setor aeroespacial está mais presente no nosso cotidiano do que imaginamos. Para apresentar a estudantes, cientistas e empresários as oportunidades que essa indústria tem a oferecer, o SENAI-PE promoveu, nos dias 3 e 4 de novembro, o “SENAI: Futuros Espaciais”. Ao longo dos dois dias, o evento reuniu pesquisadores da NASA, da Agência Espacial Brasileira (AEB), do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que conversaram com o público local sobre projetos o Helyophisics Big Year e o Programa Artemis, que pretende enviar pessoas para a lua em 2024. O evento também fez parte da agenda de lançamento do Satélite SPORT, resultado de uma parceria entre o Brasil e os EUA que será enviado para a órbita da Terra ainda neste mês.
No primeiro dia, mais de 2000 estudantes dos ensinos fundamental, médio e técnico foram apresentados aos principais projetos em desenvolvimento, além de conhecerem mais sobre as trajetórias de nomes como James Spann e Shelia Nash-Stevensone, ambos da NASA, e do dr. Luís Loures, do ITA. A ideia era mostrar que as carreiras espaciais são caminhos possíveis para todos e, principalmente, incentivar o fortalecimento da educação STEM (sigla em inglês para ciências, tecnologia, engenharia e matemática). “O futuro está nas mãos de vocês. Queremos mostrar que essas tecnologias que parecem estar distantes estão presentes no nosso dia a dia e que vocês podem se inserir nesse mercado”, ressaltou o diretor de Inovação e Tecnologia do SENAI-PE, Oziel Alves.
Já o segundo dia teve como foco cientistas, estudantes universitários e pesquisadores, além de empresários pernambucanos. Para o primeiro grupo, foram apresentadas as oportunidades de pesquisas no segmento aeroespacial. O diretor do Instituto SENAI de Inovação para Tecnologias da Informação e Comunicação (ISI-TICs), Pierre Mattei, destacou como a instituição vem fomentando esse debate. “Queremos transformar Pernambuco em um centro impulsionador de aplicações e sistemas espaciais. O SENAI está se empenhando para ajudar no esforço de resolver problemas que são reais”, pontuou.
Para o segundo grupo, foram apresentadas tanto informações relativas às contribuições que a indústria aeroespacial pode oferecer aos demais segmentos, a exemplo da agricultura e da logística, quanto caminhos para que o fortalecimento do próprio setor aeroespacial. Nesse sentido, a diretora substituta do INPE, Mônica Rocha, destacou o crescimento na contribuição que a indústria brasileira vem dando para o desenvolvimento de satélites no país. “No caso do Amazônia-1, a participação da indústria nacional chegou a 77%”, acrescentando que o setor deve ser capaz de entregar soluções para o segmento.