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fev 24, 2022

ISI-TICs e Suape criarão solução focada em hidrogênio verde

O hidrogênio verde tem se mostrado uma importante aposta para um futuro com menos emissões de gás carbônico na atmosfera. Para facilitar o mapeamento da demanda e impulsionar esse mercado, o Instituto SENAI de Inovação para Tecnologias da Informação e Comunicação (ISI-TICs) irá desenvolver uma solução inovadora, em parceria com o Complexo Industrial Portuário de Suape. Batizado de Distrito Industrial Verde, o projeto consistirá em uma plataforma digital que irá permitir a comercialização de hidrogênio verde no mercado nacional com certificação de origem. A solução foi uma das vencedoras na Chamada Pública “Missão Estratégica Hidrogênio Verde”, lançada pela CTG Brasil em parceria com o SENAI. Considerando também as contrapartidas econômicas, o projeto receberá R$ 6,4 milhões em investimentos.

O projeto irá reunir, em uma única plataforma, soluções inovadoras que impulsionarão o mercado de hidrogênio verde a partir de três perspectivas: alavancagem, comercialização e rastreabilidade. Em primeiro lugar, será criada uma solução que permitirá identificar se determinado distrito industrial é favorável para a construção de plantas de hidrogênio verde, considerando fatores como infraestrutura e presença de potenciais consumidores. Além disso, a solução irá realizar a rastreabilidade do hidrogênio verde, garantindo a sua procedência. Por último, também será possível comercializar o produto dentro da própria plataforma, por meio de smart contracts, que facilitarão o processo de compra e venda, de uma forma ágil e segura.

“A rastreabilidade é um dos grandes diferenciais do Distrito Industrial Verde: essa plataforma será capaz de atestar a origem do hidrogênio verde, apontando qual matriz energética foi utilizada na sua geração e favorecendo o cumprimento de agendas sustentáveis, uma vez que impulsiona a redução da emissão de gás carbônico na atmosfera”, explica o diretor Industrial do SENAI Pernambuco, Oziel Alves.

Além do ISI-TICs, participarão do desenvolvimento do projeto o ISI Energias Renováveis, localizado no Rio Grande do Norte, e três empresas que já atuam na criação de soluções para o mercado de energia elétrica – Sinapsis, Eidee e Way2. A ideia é que a solução seja testada e homologada dentro do Porto de Suape, que funcionará como um grande laboratório para o projeto. Empresas como a Qair Brasil, que pretende implantar uma planta de produção de hidrogênio verde no local, também participarão da iniciativa pioneira.

“A integração das empresas do complexo nesta plataforma é um outro elemento fundamental para o sucesso do programa, fomentando o consumo de H²V por meio de uma planta piloto de geração do combustível limpo em Suape para testes e homologação de funcionalidades”, comenta o diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Suape, Carlos Cavalcanti.

O projeto será executado dentro dos próximos três anos e, quando estiver finalizado, poderá ser exportado para outros distritos industriais do mundo. “A nossa plataforma irá abrir caminhos para que possamos impulsionar a produção do hidrogênio verde em distritos industriais em todo mundo. O conceito que estamos propondo é replicável e, por isso, pode ser adaptado a diferentes realidades. Inclusive, no que diz respeito à rastreabilidade, podemos adequar essa funcionalidade à legislação de outros países, a partir do que cada um considera como energia limpa”, reforça Alves.

Os Institutos SENAI de Inovação – A Rede de Institutos SENAI de Inovação foi criada para atender as demandas da indústria nacional. Ela tem como foco de atuação a pesquisa aplicada, o emprego do conhecimento de forma prática, no desenvolvimento de novos produtos e soluções customizadas para as empresas ou de ideias que geram oportunidades de negócios. Os institutos trabalham em conjunto, formando uma rede multidisciplinar e complementar, entre si e em parceria com a academia, com atendimento em todo o território nacional.

A rede é composta por 26 Institutos SENAI de Inovação. Desde a criação, em 2013, mais de R$ 1,2 bilhão foram mobilizados em 1.332 projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I). A estrutura conta com mais de 930 pesquisadores, sendo que cerca de 52% possuem mestrado ou doutorado. Por serem reconhecidos como Instituições de Ciência e Tecnologia (ICT), os Institutos SENAI de Inovação possuem acesso a diversas fontes de financiamento não-reembolsáveis para projetos de PD&I. Atualmente, 15 institutos compõem unidades EMBRAPII e possuem acesso direto a recursos para financiamento de projetos estratégicos de pesquisa e inovação.

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